terça-feira, 6 de novembro de 2012

Assassin's Creed: Brotherhood - Análise

Assassin's Creed: Brotherhood

  • Visual 90
  • Jogabilidade  95
  • Áudio 85
  • Diversão 95

 Nota: 91 (Excelente)

Assassin's Creed 2 foi um dos melhores títulos de 2009. Os avanços em relação ao seu antecessor conquistaram novos jogadores e agradaram aos fãs que esperavam ansiosos pela continuação da saga. Com a franquia consolidada como um dos novos clássicos dos video games, a Ubisoft resolveu explorar ainda mais o potencial da série. Aproveitando o carisma do novo protagonista — Ezio Auditore da Firenze — e o rico universo de jogo ambientado na fervilhante Itália renascentista, a desenvolvedora francesa retornou ao cenário para contar uma nova história antes de apresentar a terceira parte oficial da linha Assassin’s Creed.
Assim nasceu Brotherhood, um jogo que para todos os efeitos pode ser considerado como uma expansão de Assassin’s Creed 2. Existem novidades, mas a primeira impressão é a de que se está jogando o mesmo Assassin’s Creed 2 sem nenhuma inovação.
Uma análise mais profunda confirma que o título é mais robusto do que parece, mas será que as poucas funcionalidades adicionadas realmente justificam o lançamento de uma nova edição? A resposta pode não ser tão simples quanto um “sim” ou “não”, mas o que realmente importa é que a Ubisoft entrega outro grande jogo para os fãs de aventura.


Irmandade

Brotherhood adiciona quatro grandes novidades em relação à jogabilidade de Assassin’s Creed 2: o exército de assassinos, as correções do sistema de combate, a possibilidade de cavalgar dentro da cidade e o novo esquema de metas para cada missão.
Sem sombra de dúvida, o elemento mais interessante é o recrutamento de novos membros para a Irmandade dos Assassinos. A cada torre que você destruir, um novo espaço para recrutamento será habilitado. Feito isso, Ezio pode ir para as ruas e convidar cidadãos romanos para se juntar à sua busca. Uma vez que o indivíduo se torne seu aliado, ele pode ser convocado um simples pressionar de botões para ajudá-lo em uma briga ou para executar uma missão.
Dependendo da localização e do nível de habilidade do seu assassino, ele executará as ordens com mais eficácia ou não. Estes fatores também governam a forma como ele realizará suas ações, espreitando a vítima ou saltando como um predador.
Os membros da sua irmandade são separados em grupos, que podem ser convocados para a ação a qualquer momento — uma vez chamados, eles só poderão voltar a ser convidados depois de alguns minutos. Além disso, os assassinos ganham experiência através de combate e missões de treinamento em outras regiões da Europa.

 Quanto mais difíceis forem as missões, mais pontos de experiência serão conferidos ao assassino bem sucedido. Estas incumbências duram de cinco a dez minutos e a interface é bem acessível.
A cada nível ascendido, você pode aumentar a armadura ou o armamento do personagem. Níveis mais altos também desbloqueiam habilidades especiais, como bombas de fumaça e outras artimanhas da classe.
O sistema não é necessariamente novo, haja vista que Ezio já podia contratar mendigos, mercenários e cortesãs para auxiliá-lo em suas empreitadas de Assassin’s Creed 2. O que Brotherhood faz é expandir este conceito e redefinir a escala dos combates de Assassin’s Creed — não se trata mais de uma luta solitária contra uma grande conspiração global.
Além disso, o combate desarmado recebeu alguns ajustes e está muito melhor. Você pode se esquivar e contragolpear, bem como chutar os inimigos para abrir a sua defesa. Outro ponto interessante é o encadeamento de golpes e a utilização de mais de uma arma durante as execuções — você pode cortar as pernas de um oponente e, enquanto ele cai, basta disparar um tiro no seu rosto.
Os cavalos, por sua vez, são muito mais do que um simples modo de transporte. Ezio pode efetivamente utilizá-los como armas e até mesmo como base para saltos. Todavia, a funcionalidade acaba passando como mera perfumaria, em vez de realmente adicionar algo efetivo na ação.
Diferente do novo sistema de metas presente em cada missão, desta vez, Ezio deve cumprir certos objetivos específicos para alcançar a “sincronização total” de cada senda. Estes desígnios vão de simples desafios de tempo a exigências mais especiais, como não sofrer dano ou executar o alvo sem ser percebido. Trata-se de uma bela adição à dinâmica de missões que pode se tornar um tanto repetitiva.


O fio da meada

ATENÇÃO O TRECHO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS

 A trama não afeta diretamente o seguimento da história principal de Assassin’s Creed, mas revela detalhes importantes para o entendimento do que está acontecendo no passado e no presente (ou melhor, no futuro vivido por Desmond).
O jogo começa exatamente no ponto em que o segundo título termina; depois de confrontar Rodrigo Borgia e descobrir parte do grande segredo que há por trás da luta entre Templários e Assassinos, Ezio quer apenas um merecido descanso em Monteriggioni.
Porém, o filho de Rodrigo, Cesare Borgia, não está nada contente com o fato de você ter executado o pai dele e agora, de posse do emblemático pomo dourado (Apple of Eden) — o misterioso artefato que permeia a história dos três jogos —, ele investe contra você e todos os Assassinos.
Assim, a Monteriggioni que você ajudou a fortificar durante mais ou menos 20 horas de jogo em Assassin’s Creed 2 é destruída em questão de segundos. O herdeiro Borgia elimina de uma só vez grande parte da sua oposição, mas comete um erro fatal: ele deixa Ezio escapar.
Ezio decide seguir para Roma, capital dos Templários na Itália, em busca de vingança contra Cesare. A “Cidade Eterna” é ainda mais vibrante do que a Florença do título anterior e ainda mais imponente. Agora, como um Mestre da Ordem dos Assassinos, Ezio deve restabelecer a Irmandade — dentro de Roma, o ninho do inimigo — para eliminar seu arqui-inimigo, Cesare Borgia.
Enquanto isso, em 2012, Desmond Miles e os Assassinos contemporâneos sobrevivem ao ataque da Abstergo (fachada da Ordem dos Templários), fogem para Monteriggioni e se escondem nas ruínas da Villa Auditore.
Acessando as memórias genéticas de Ezio Auditore utilizando a Animus 2.0, Desmond descobre que a Apple of Eden está escondida em um cofre subterrâneo nas ruínas do Coliseu, dentro do Templo de Juno.
Depois de encontrar e ativar o artefato a Apple of Eden e um de seus ancestrais comandam Desmond a matar Lucy Stillman como forma de “manter o equilíbrio”. Porém, Desmond desmaia e conforme os créditos são apresentados, dois homens carregam o rapaz até outra máquina Animus.


 

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